sábado, 8 de agosto de 2009

Areia, por entre os dedos.



A noite tombra, fraca. Os grilos cantam histórias.
O Alentejo esvaece as estrelas do seu céu, ao som de Liszt.

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Vejo planícies de ninguém, mergulhadas na penumbra da terra árida.
E tu escapas como areia. Areia, por entre os dedos.


(Ricardo Leitão)

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Vestígios de ti.

(music box)


Tu queimas-me.Tu prendes-me num sufoco e incitas-me a renunciar.
Pára! Não faz parte da minha natureza perder as estribeiras e ceder no final de cada compasso.


Quero olhar-te, mas não te quero ver.
Quero tocar-te, mas não te quero sentir.
Quero ouvir-te sem me questionar se és tu.


Perdoa-me. Eu cresci a ver-te colher lírios brancos, junto ao rio.

(Ricardo Leitão)