segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

somos iguais ao pranto


somos iguais ao pranto:
funesto na dor e presente no desgosto.

somos ferida, pele, nódoa e carne,
pêndulo sonâmbulo da história
vaga corrente salgada que arrasta a verdade
irónica mas sensata.

e fingimos que os dias são amenos,
porque nossos,
já que destroços de mentira.


r.

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

quebram as dobras do tempo


quebram as dobras do tempo
soam entranhas desmedidas,
balançam penedos dormentes
o vento traz memórias esquecidas.

chega um murmúrio de terras
volta um sussurro de mar
e ecoa por vales, por serras
a história do anel de Saturno
o conto do sistema solar.

r.