terça-feira, 28 de fevereiro de 2012
começo
quis Deus, a memória, ou o acaso
que voltasse a encontrar a direcção da palavra.
hoje trago em mim a chuva miudinha que baptiza este começo.
pó
acordei com a sensação de que a minha linha de criação não era mais do que a "lei dos pratos". e é engraçado como se cria a partir do deixar cair e partir os pratos. as pessoas acham no entanto que eu anseio que eles caiam e se despedacem sob mil formas diferentes, que me inspirem e me mostrem o caminho.
rio-me. não sabem.
não sabem que não desejarei mais do que se desfaçam sempre em pó.
rio-me. não sabem.
não sabem que não desejarei mais do que se desfaçam sempre em pó.
circunstância
hoje li que arquitectura também é isso das guardas de ferro enferrujado e dos rebocos desfeitos que revelam o tijolo; das ruas desertas e dos taxistas que dormitam; dos pobres poetas e dos poetas pobres.
e se algures
e se algures
somos habitantes da solidão,
então não quero ser habitante, mas vagabundo
então não quero ser habitante, mas vagabundo
- porque nómada entregue ao começo desta viagem que é o
pensamento.
Subscrever:
Mensagens (Atom)