quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Não te abandonarei ao vento, ininterrupto.


Com a chuva submerge a mágoa
Com o vento varre-se a dor.
E a conivência de corpos de aço,
Que choraram outrora o fracasso
Propaga como clamor.

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As nuvens sombrias alastram e os corpos caem mortiços nos terraços salgados da miséria.
Enjeito cada uma das vozes displicentes que ousaram afogar o meu cérebro num poço vazio.
Não te abandonarei ao vento, ininterrupto.

Ricardo Leitão