domingo, 18 de outubro de 2009

Cai cristal, desamparado.

[Maria João Moura, Out2009]

Não há estrelas apagadas, não há céus esquecidos.
Não há ciprestes derrubados, nem temores vencidos.


E subsiste o desencanto ensanguentado da névoa imensa e triste e vendada e sedenta
que paira sobre a maré vaza do acaso, que paira sobre a sentença inútil do destino.

Só há vagas certezas do incerto, murmuradas ali ao fundo.

(Ricardo Leitão)




4 comentários:

qel disse...

apanha-as e derruba as dúvidas, pedacinho a pedacinho. *

Janine disse...

Da Jane para o Riks:

"Tu és capaz de criar um mundo perfeito. Eu sei que és.
És tão grande que podes agarrar mil estrelas na tua mão, és tão forte que serias capaz de derrubar um milhão de árvores... No entanto, não o fazes. Porquê? É fácil. Simplesmente dobras as pernas, de modo a ficares do nosso tamanho... E pegas-me delicadamente, num abraço bruto de saudades. Talvez não tenhas noção do teu tamanho nem da tua força.
Mas acredita em mim, és grande e forte.
Quando estás perto, o mundo passa de cinzento a vermelho vivo (a minha cor favorita).
Eu adoro-te."

Inês disse...

Sem dúvidas não havia certezas, sem dificuldades não havia desafios, sem névoa triste não havia brilho de sol que por ela espreitasse. Já que também não há estrelas apagadas nem céus esquecidos, usa-lhes a magia para ver os piores temores com outros olhos.

Um beijinho:)*

Jay disse...

gostei do post. melhor dizendo, gostei do blog inteiro, esta espectacular :)